O bailarino brasileiro Luiz Fernando da Silva, de 24 anos, que teve o visto negado pelos Estados Unidos para retornar ao Brasil, está com sua família em Barra Mansa. A informação foi divulgada pelo colunista Jamil Chade, do Uol, nesta quarta-feira (4). A negativa do visto para que ele retornasse aos EUA foi comunicada ao bailarino no dia 27 de abril, mesmo ele tendo contrato com uma das companhias de dança mais tradicionais de Nova York.
Ao colunista, Luiz Fernando resumiu o sentimento. “Foi um choque”, disse ele, que nasceu no Rio de Janeiro, mas se encontrou de fato com a dança em Porto Real.
Durante dez anos, segundo Chade, o bailarino fez parte da Miami City Ballet. Em 2024, ele optou por deixar a companhia e foi contratado pela Dance Theater de Harlem, em Nova York.
Com o fim de seu contrato em Miami, seu visto também foi encerrado. Ele tinha a opção de ficar nos EUA esperando pelo novo documento. Mas não poderia nem trabalhar e nem ter renda. Sua escolha foi para aguardar pelo novo visto no Brasil, aproveitando para acompanhar a família. Ele apresentou a documentação necessária para a renovação.
Luiz Fernando ite que, quando Donald Trump venceu a eleição, no final de 2024, começou a ficar evidente que a situação poderia ser complicada. “Eu não contava com tudo que aconteceria no mundo. O plano nunca foi de ficar no Brasil. Eu já tinha um contrato assinado com Harlem quando decidi ir ao Brasil”, contou.
“Se eu continuar, tenho pensado em explorar a Europa e América Latina. Por enquanto, não sei se estou preparado para pedir um novo visto aos EUA, onde eu tenho que me provar como ser humano”, disse.
Luiz Fernando começou no balé aos 11 anos. Aos 15, decidiu apostar na dança e foi levado para uma escola em Porto Real. Ele ou a participar de festivais e, em 2012, chegou a ir para Nova York para as finais de um concurso. No mesmo ano, apareceu uma oportunidade para uma bolsa de verão no Miami City Ballet. A audição ocorreu no Brasil e ele foi um dos aprovados para ar cinco semanas na cidade americana, no ano seguinte. Ao final da experiência, a companhia lhe ofereceu uma bolsa para estudar nos EUA. Em 2014, depois de ser autorizado pela mãe, se estabeleceu em Miami. (Foto: Arquivo pessoal)